Ressaltando sua insistência em relação ao mercado da Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), a Zebra Technologies reportou esta semana ter adquirido uma divisão de tecnologias corporativas da Motorola por US$ 3,45 bilhões. A transação, que deve ser completada no fim do ano, inclui serviços e tecnologias como computação móvel e comunicação de captura de dados de identificação, excluindo os produtos Motorola IDEN.
A Zebra é mais conhecida como fabricante de scanners de códigos de barras, RFID e outras tecnologias de identificação e rastreio de localização. O acordo fortalece a posição da empresa no mercado, incluindo em varejo, transporte, logística e manufatura, e dá entrada em 95% das Fortune 500, de acordo com uma declaração emitida pela empresa. A aquisição também aprimora a habilidade da Zebra de servir clientes na área de saúde, disse Phil Gerskovich, VP sênior de novas plataformas de crescimento da Zebra, em entrevista.
“A área de serviços de saúde não é um segmento muito popular para a Motorola, mas eles têm alguns produtos-chave especializados, como o MC40-HC”, o dispositivo de mão da Motorola para profissionais de saúde, disse ele. “A Internet das Coisas terá grande impacto na área de saúde, e a Zebra terá os principais elementos para desenvolver aplicativos IoT para saúde”.
Embora alguns varejistas e negócios de entretenimento estejam fazendo experiências com estações-piloto voltadas ao consumidor e sistemas de BlueTooth Low Energy (BLE), hospitais têm demorado mais para adotar a tecnologia. Ainda assim, há evidência de que isso irá mudar, especialmente conforme fornecedores buscam novas formas de aprimorar a experiência do paciente e melhorar eficiência.
A Kaiser Permanente usa uma mistura ativa e passiva de RFID, e está com um projeto pré-piloto para orientação, disse Scott Phillips, diretor e gerente do portfólio de RFID da provedora de serviços de saúde, de US$ 53 bilhões. No futuro, GPS ativado por WiFi ou BLE no smartphone dos usuários irá guiar pacientes e visitantes até o destino, eliminando as linhas pintadas nos corredores dos hospitais e aqueles mapas complexos.
A Kaiser Permanente também está considerando rastreamento de propriedade para melhor precisão, usando RFID para localizar equipamentos rapidamente. De forma similar, está investigando como poderia implementar sistemas passivos de RFID para rastrear medicamentos e saber onde e quando foram entregues.
As estações também são idealmente adequadas para as salas de espera, disse Anders Gustafsson, CEO da Zebra Technologies, em uma entrevista concedida no início deste mês. As telas indicam aos pacientes quando serão atendidos e para onde devem ir; se integrado a um sistema de orientação, o aplicativo pode, então, guia-los para salas de exame, laboratórios ou consultórios.
“Se os hospitais estiverem pensando em se diferenciar dos outros, tudo isso é tangível”, disse ele. “Essas coisas relativamente simples de implementar, como orientação em hospitais, podem melhorar toda a experiência dos pacientes e aumentar a renda dessas instituições”.
Disposições confusas causam problemas em muitos hospitais para os pacientes, de acordo com o Wall Street Journal. O artigo diz que a Cleveland Clinic instalou quiosques interativos para ajudas as pessoas a se encontrarem. No Centro Médico UCLA, estagiários guiam pacientes pelas instalações Ronald Regan e Santa Monica. O Rapid City Regional Hospital gastou mais de US$ 300.000 em sua solução de orientação, que inclui quiosques e zonas codificadas com cores.
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